______________________olhe que nem sempre sou igual no que digo e escrevo. mudo, mas não mudo muito__________________







Terei negligenciado por uns dias um tal rumo apócrifo que ficará "por aí" e eis que me encontro no quilómetro zero de um prólogo para fugir ao lugar-comum da nova viagem. Não pretendo lançar-me "por aí" e muito menos alcançar um destino escatológico. Detenho-me neste corpo de texto a pretexto de um zero, apenas. Chegar é pedir tanto e esse tanto poderá implicar perder muito. Estar aqui é atribuir estatuto a um princípio órfão de vontades, como se deseja. E assim, tudo parece afigurar-se em pleno neste começo, despojado, quando nada se tem, nada se perde, tudo se transforma - e entretanto chega-me este Kafka de algibeira, atrevido e cheio de ilusões, a que propósito? Mas isto não é Kafka, será Camus, Beckett, Rousseau ou Camões? Perdi o lugar proibido assinalado por Régio na cartografia da demanda mas orgulho-me de ter acertado nas coordenadas do não sei por onde vou, não sei para onde vou, e até conseguiria orientar-me de olhos fechados se fosse preciso. Não é feito meu nem proeza, antes o resultado da minha destreza resultante de uns tais dias em que terei negligenciado um tal rumo apócrifo vividos sob a égide do defeito e pobreza.
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P.S.: Don't follow me I'm not lost
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